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Plano diretor: Ferramenta permite crescimento orientado às metas

Hospitais ganham maior qualidade e evitam desperdícios ao implantar o PD


A Cabe Arquitetura Hospitalar desenvolveu o Plano Diretor do Hospital Santa Catarina, em São Paulo. O PD orienta as alterações físicas do complexo

A permanente evolução tecnológica e científica exige dos hospitais e centros de saúde constantes adaptações em sua estrutura e organização física. Planos Diretores e orientadores de crescimento são cada vez mais imprescindíveis para as organizações de saúde, pois trata-se de um instrumento que orienta os investimentos em obras de adequação de maneira organizada e alinhada às estratégias.


Investir em melhorias das instalações físicas de uma Instituição de Saúde é uma necessidade entre as instituições que querem se preparar para os futuros desafios na área médica. Uma das formas de se atingir os resultados é desenvolver o Plano Diretor (PD). Com ele, é possível conduzir de maneira planejada todo tipo de ação ligada à evolução da infra-estrutura do estabelecimento. Embora seja confundido com freqüência Plano Piloto e Plano Diretor, é preciso deixar claro que a premissa do PD é estabelecer as diretrizes que orientarão todas as ações futuras de maneira lógica, ou seja, diferente do termo “Plano Piloto” que se refere a qualquer plano preliminar ou de embasamento a um empreendimento.


O PD pode ser desenvolvido de modo participativo, que envolve o universo da instituição em forma de consulta, entrevista ou debate. O objetivo do Plano Diretor participativo é elevar o grau de entendimento e informação para adequar o uso e ocupação das áreas. Mas como o processo participativo é visto por quem trabalha com o desenvolvimento de PD para o setor de saúde? “O planejamento participativo não é o caminho mais fácil para o desenvolvimento de um Plano Diretor, mas por ser democrático, certamente é aquele que atinge melhores resultados nos dias de hoje quando as organizações buscam envolvimento, comprometimento e identificação de seus colaboradores”, explicou o arquiteto Marcos Cardone, diretor da CABE Arquitetura Hospitalar, que trabalha com planejamento e projetos no setor da saúde, sendo inclusive o responsável pelo desenvolvimento do PD do Hospital Santa Catarina e do Plano Piloto da nova sede do Centro Corsini.


Para Cardone, um PD deve possibilitar uma visualização ampla dos problemas e propor soluções integrais, organizar as ações no tempo e no espaço de forma equalizada com os objetivos e metas da instituição, além de estabelecer as condições de flexibilização e reversões de expectativas, qualificar e direcionar os projetos a resultados. “Em linhas gerais um Plano Diretor evita desperdício de recursos tanto financeiros quanto físicos, de espaços, de instalações e de infra-estrutura. Um Plano Diretor serve para evitar as improvisações e os projetos totalizantes de soluções irreversíveis. Ele deve ser desenvolvido com base no enfoque à pesquisa, onde três níveis de informações completam o esforço investigativo: oficiais, factuais e projetuais”, explicou o arquiteto.


Jaqueline Volpato: o Plano Diretor é um instrumento de gestão importante para os administradores.

CONSULTORA APROVA EFICÁCIA DO PD


Na opinião de Jaqueline Volpato, consultora de custos hospitalares, com mais de 12 anos de experiência na área hospitalar, o Plano Diretor é sinônimo de otimização dos recursos através de estudos preliminares da reorganização, readequação e expansão dos espaços. “O Plano Diretor auxilia a montagem do plano de negócios de unidade hospitalar ou do próprio hospital, formalizando o conceito de negócio de cada serviço, apontando os riscos, os concorrentes, os perfis dos clientes, os processos operacionais e recursos financeiros necessários. Assim como as estratégias a serem adotadas, os perfis profissionais desejados, de forma a viabilizar esse negócio junto a fontes captadoras de recursos (bancos e/ou investidores), pois é um documento de credibilidade para tomada de decisões importantes no ambiente empresarial”, disse. A garantia de sucesso, segundo Jaqueline, vem do estudo prévio detalhado das necessidades do hospital, da demanda de novos serviços, de acordo com o perfil epidemiológico, dos aspectos mercadológicos e tecnológicos, das oportunidades e ameaças que região e a cidade possuem, subsidiando assim a elaboração de um cronograma de implantação desse PD, de acordo com a disponibilidade de caixa da organização. “É um instrumento de gestão importante para os administradores, pois permitem direcionar as ações, antes e depois de sua implantação, analisando os espaços físicos e as futuras necessidades do Hospital, de acordo com sua finalidade, funcionamento, usuários e custo/benefícios”, disse.

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