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  • Foto do escritorNupeha

GRAAC oferece conforto gratuito para auxiliar tratamento de crianças com câncer

Abrigo montado com apoio do Instituto Ronald McDonald, em São Paulo, oferece aconchego e segurança para famílias carentes que não têm onde ficar na cidade durante a realização do tratamento


Abrigo construído na cidade de São Paulo oferece conforto e segurança para crianças com câncer

Janelas amplas e portas de correr dão liberdade para as crianças correrem até a área externa da casa

Conviver com doenças graves, como o câncer, pode ser bem menos traumático se o paciente estiver acomodado em um local confortável, aconchegante, bonito e seguro. Há um ano, o Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) inaugurou em São Paulo uma casa de apoio para abrigar doentes e acompanhantes que vêm de outras cidades para receber atendimento na unidade médica localizada no bairro de Vila Mariana, Zona Sul da capital. Planejado para fazer as crianças esquecerem que estão em tratamento, o lugar é uma prova de como um ambiente adequado pode ser de grande valor neste longo processo.


Batizada de Casa Ronald McDonald, por ter sido construída com apoio do instituto criado pela rede de lanchonetes, o abrigo de 2.000m² de área construída tem três andares e um subsolo. No térreo, ficam o refeitório, a sala de estar, a brinquedoteca e o auditório, onde as crianças se reúnem para sessões de cineminha. “Todos esses ambientes são muito iluminados com luz natural, graças às janelas e portas deslizantes de vidro bastante grandes. As crianças podem se locomover à vontade para o jardim e para dentro da casa”, comenta Marta Mingione, coordenadora da casa que tem capacidade para hospedar até 30 pacientes com um acompanhante.


Localizado do lado direito da casa, com uma varanda que fica de frente para o jardim externo, o refeitório é um dos cômodos que melhor exemplifica o conceito de proteção e conforto oferecido pela instituição. Ali, a luz também tem passagem livre durante o dia, deixando o ambiente decorado com cores vivas mais confortável. Com isso, as crianças que precisam de uma alimentação rica tendem a ficar estimuladas para manter uma nutrição balanceada.


Para a coordenadora da casa, o maior objetivo é fazer com que pacientes e acompanhantes tenham o máximo de conforto para que o tratamento realizado no hospital do Graacc, para onde as crianças são levadas pelas manhãs, tenha sucesso. “A intenção, desde o início do projeto, foi criar uma casa fora de casa. As crianças e suas mães ou tias precisam estar confortáveis enquanto estiverem hospedadas aqui”, ressalta Marta.


Área do refeitório recebe iluminação natural durante todo o dia, graças à varanda voltada para o jardim

Sinalização


Embora a casa não seja tão grande, auxiliar pacientes e acompanhantes a se localizar é outro aspecto fundamental. Nas portas dos quartos foram colados adesivos com origamis que representam animais do mar e terrestres. Na entrada dos andares, há uma placa indicando para que lado fica cada bichinho, o que auxilia tanto as crianças quanto as mães e acompanhantes que não foram alfabetizados.


“Muitas famílias que ficam aqui são carentes, alguns adultos também não sabem ler. Essa medida evita constrangimentos”, avalia Marta. A utilização de cores diferentes – azul e verde – nos primeiro e segundo andares também contribui para uma melhor identificação.


Sinalização visual feita com adesivos e desenhos ajuda hóspedes a identificarem quartos nos andares

Outra preocupação no ambiente foi com a assepsia, já que os tratamentos quimioterápicos diminuem a resistência do organismo a invasores. Por isso, todas as portas são de fórmica lisa e o piso possui revestimento vinílico, mais fáceis e práticos de limpar.


Outra preocupação no ambiente foi com a assepsia, já que os tratamentos quimioterápicos diminuem a resistência do organismo a invasores. Por isso, todas as portas são de fórmica lisa e o piso possui revestimento vinílico, mais fáceis e práticos de limpar.


Na parte interna, rampas de acessibilidade e um elevador central ajudam na locomoção de deficientes e pacientes mais debilitados. De acordo com Marta, todo o projeto segue recomendações e especificações técnicas que determinam, por exemplo, ângulo de inclinação e altura desses acessos.


Inaugurada em abril de 2007, a casa do Graacc foi construída em um terreno cedido pela prefeitura de São Paulo e custou cerca de R$ 3 milhões. No Brasil, ela é a terceira unidade financiada pelo Instituto Ronald McDonald – também há casas de apoio no Rio de Janeiro e em São Bernardo do Campo. O projeto de construir abrigos confortáveis e aconchegantes para crianças com doenças graves, porém, é global e em todo mundo existem aproximadamente 270 locais feitos com o mesmo objetivo.


PARA SABER MAIS


Graacc

Site: www.graacc.org.br/

Telefone: (11) 5080-8400

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