Utilização de produto que foi criado nos Estados Unidos cresce no Brasil como opção para otimizar custos de reformas dos hospitais e deixar os ambientes mais limpos e bem acabados
Hospitais necessitam de rapidez e eficiência quando o assunto são reformas pesadas. Muito mais versátil e prático do que o sistema de construção de alvenaria, o drywall tem aparecido nos últimos anos como uma das melhores opções para os ambientes de saúde. As paredes feitas com placas de gesso pré-moldadas oferecem isolamento acústico e térmico, proteção contra fungos e bactérias e até segurança contra radiação. Além disso, evitam desperdício de material e permitem uma velocidade maior de execução do serviço.
Ainda pouco utilizado no Brasil, principalmente quando comparado com o mercado dos Estados Unidos e Europa, o drywall (parede seca, em inglês) é mais vantajoso que o método tradicional por dispensar o uso de argamassa e tijolos, evitando sujeira e barulho excessivo. Seu sistema consiste em fixar as placas em estruturas de aço galvanizado, o que permite criar estruturas mais leves e racionais a todo o hospital.
A eficiência acústica e térmica deste sistema, uma das maiores necessidades dos hospitais, equipara-se ao nível encontrado nas paredes de alvenaria, desde que alguns cuidados adicionais sejam adotados. O conforto só é garantido com a instalação de lã mineral e chapas duplas, alertam os manuais técnicos da Associação Drywall, entidade que reúne os maiores fabricantes do país.
A rapidez na execução da obra e a facilidade de manutenção das instalações elétricas e hidráulicas foi a maior vantagem apontada pelos usuários em pesquisa realizada há dois anos pela Drywall, no Rio Grande do Sul. Como as chapas são entregues prontas, uma parede de 3x10m pode ser finalizada por completo em dois dias. E quando for necessário algum reparo interno, basta desmontar uma parte da parede, reparar o defeito e montá-la novamente.
O mesmo processo demoraria semanas para ser feito com sistemas de alvenaria.
O drywall pode ser usado em qualquer ambiente hospitalar, porém em alguns locais deve-se tomar um cuidado maior. A área destinada a aparelhos de raio-X exige placas tratadas com manta de chumbo e barita – produto semelhante à argamassa – para bloquear a passagem de raios. Para lugares em que há risco de incêndio, os especialistas recomendam utilizar as chapas do tipo rosa, coloração adquirida graças ao tratamento que faz o produto resistir ao fogo por até 240 minutos. Já se o problema é umidade, as chapas verdes, específicas para áreas molhadas, são a solução mais indicada.
Outros pequenos detalhes devem ser observados na utilização de drywall em ambientes hospitalares. Áreas com muita movimentação de macas, por exemplo, precisam receber internamente uma proteção conhecida como “bate-maca”, colocada sempre na mesma altura para deixar a parede onde existe mais atrito muito mais resistente sem perigo de acidentes. Para a fixação de prateleiras e suportes, também é necessário usar buchas e parafusos especiais.
No Brasil, já existem três normas da ABNT que regulam a fabricação de chapas e perfis de drywall - 14.715, 14.717 e 15.217. Além disso, existe um programa de verificação da qualidade do material e da mão-de-obra chamado de PSQ-Drywall, desenvolvido a partir de 2004 com o auxílio do Instituto de Pesquisas Tecnologias (IPT), de São Paulo. Empresas especializadas devem sempre seguir essas normas antes de executar o trabalho.
PARA SABER MAIS
Associação Drywall Site: www.drywall.org.br Telefone: (11) 3842-2433
Comments