top of page
  • Foto do escritorNupeha

Arquitetura tira partido da natureza em nome da cura

Primeiro hospital verde do mundo, o Ospedale dell'Angelo, projetado por Emilio Ambasz and Associates na Itália, fica em área agrícola e tem complexo de edifícios unidos por jardins


Fotos: Enrico Cano


Projetado para contribuir com a cura do paciente, o Ospedale dell'Angelo que fica fora do centro, integra-se à natureza da região e à vegetação do paisagismo

A cortina de vidro fecha o edifício moldado em concreto, isolando-o dos ruídos externos

Por muito tempo, sol e ar fresco foram os únicos remédios para a tuberculose. Mas, hoje, sabe-se que o contato com a natureza, seja pelo paisagismo, seja pela localização do site do hospital, vai além da cura para tuberculose. Ele acelera a melhora de qualquer tipo de paciente.

Concebido em 2008 de acordo com os princípios da Humanização pelo arquiteto argentino Emilio Ambasz, Hon. FAIA, pioneiro no conceito de arquitetura verde, o novo hospital geral de Mestre, na região do Vêneto, Itália, inova ao associar a promoção de saúde à exposição ao verde.

Localizado em um terreno de 8 alqueires em área agrícola, o Ospedale dell'Angelo, como foi batizado, substitui o antigo Umberto I, no centro. Um projeto que ficou parado por 40 anos, e passou por quatro projetos diferentes e três empresas de arquitetura, antes de Ambasz vencer a concorrência de turn key da Astaldi, uma das maiores incorporadoras da Itália.



Graças a cobertura envidraçada, o lobby de 200 m x 26 m e pé direito de 30 metros, funciona como uma verdadeira estufa, com árvores, flores e plantas aromáticas, que acolhe pacientes e visitantes



COMPLEXO MODERNO

Com 680 leitos, o hospital tem um centro de atendimento de emergência e instalações cirúrgicas avançadas, como o Centro de Terapia e Tratamento por Feixes de Prótons. Os edifícios são unidos por jardins e dispõem de vistas agradáveis, promovendo a calma e incentivando a recuperação do doente. Os quartos estão dispostos de modo que as janelas propiciem visual da vegetação e das perspectivas dos campos ao redor.


O projeto total é suficientemente flexível para se adaptar às necessidades futuras geradas pela possível redução de cuidados, conforme os avanços da tecnologia de saúde. O atual número de leitos, por exemplo, pode ser reduzido para 300, assim como a área de atendimento privado, ser expandida.


Os visitantes que chegam de carro, ônibus ou trem entram no complexo por uma rampa verde, onde embaixo fica o estacionamento dos carros. O acesso no edifício é realizado no grande lobby envidraçado, que funciona como sala de recepção do hospital day. Essa área também oferece várias facilidades para os visitantes como lojas e cafés.

O movimento das lajes. De um lado, o edifício abre-se para o exterior, do outro, avança sobre o lobby envidraçado

Os pavimentos da edificação deslocam-se, na medida em que sobem, de forma a travar o conjunto, e a criar terraços que são ocupados pelos jardins privativos de cada quarto. Em uma extremidade, recuam, e na outra, avançam no lobby, que funciona como um grande jardim de inverno, e no vão diagonal.


Para evitar a intrusão visual da massa muito grande de serviços e edifícios funcionais que completam o hospital, os volumes da administração, da garagem grande, da capela, laboratórios e salas de operações adjacentes ficam no subsolo.


Do outro lado da rua do dell'Angelo Ospedale, está a recém-inaugurada Fundazione Banca Dell'occhio, também projetada por Emilio Ambasz, um laboratório de investigação oftalmológica, que nos últimos trinta anos tem se dedicado ao transplante de olhos.


Localizado em zona agrícola, o site do hospital é limitado por uma ferrovia, uma autoestrada, e fazendas

O projeto de arquitetura ocupou o terreno de forma a não criar interferências nas vistas do edifício


A OBRA

Proprietário: Região do Vêneto Arquitetura: Emilio Ambasz and Associates Implantação: Studio Altieri Financiamento: Sanitaria Veneta di Finanza Progetto, SPA Incorporação: Astaldi Localização: Mestre, Veneza, Itália Área do terreno: 260 000 m2 Área construída: 117 000 m2 Custo: 500 000 000 Euros


OS MATERIAIS

Vidros: Teleya Esquadrias: Permasteelisa Iluminação: Disano Pisos: Marazzi Elevadores: Schindler Climatização: Cofatech

30 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page