GreenLine implanta painéis ilustrados com espécies da fauna e flora brasileiras ameaçados de extinção em centro médico inaugurado no bairro da Penha, Zona Leste de São Paulo. Inovação facilita ambientação e deixa pacientes mais confortáveis
Em um hospital onde centenas de pacientes, médicos e enfermeiros entram e saem diariamente, acertar na sinalização dos ambientes é vital para impedir que o lugar se transforme numa torre de babel. Com criatividade e soluções modernas, é possível integrar completamente a comunicação visual ao projeto arquitetônico do lugar e obter benefícios valiosos, como a plena satisfação dos pacientes e seus acompanhantes. A GreenLine Sistema de Saúde, por exemplo, investiu em uma identificação visual inovadora e muito mais harmoniosa no Centro Médico São Gabriel, inaugurado em agosto do ano passado no bairro da Penha, na Zona Leste de São Paulo. No local, foram instalados painéis ilustrados com grandes fotografias de espécies da fauna e flora nacionais, que ajudam os usuários a “absorver” o espaço físico em que serão atendidos.
Os painéis foram instalados nas diversas salas de espera do centro médico, que possui mais de 5.000 m². As imagens em alta definição e tamanhos grandes de espécies nativas do Brasil ameaçadas de extinção foram impressas em laminados especiais, produzidos pela indústria Madepar com uma tecnologia internacional recentemente trazida ao país. Dentro do prédio, esses painéis ajudam na orientação de pacientes e visitantes, que se locomovem com mais rapidez e agilidade. Isso ajudou a eliminar do dia-a-dia do hospital nomenclaturas pouco conhecidas por clientes menos escolarizados.
“Deveríamos fazer com que essa população não encontrasse dificuldades para acessar os serviços distribuídos em três pavimentos muito grandes. Além disso, queríamos que os clientes se familiarizassem com os locais de uma forma descontraída e natural, que assimilassem a planta do centro médico sem perceber. Tínhamos de agregar informações que contribuíssem para novas formas de entender e enxergar o tema da preservação do meio ambiente”, comenta a arquiteta Célia Bertazzoli, responsável da Cabe Arquitetura pelo projeto.
Cada ambiente recebeu uma decoração e nome próprios – como Mico Leão Dourado, Mandacaru, Tartaruga Marinha, Ipê-Rosa e Amarelo, Arara Vermelha, Tucano. Ao mesmo tempo em que auxiliam na identificação, as imagens escolhidas são fundamentais na harmonização do ambiente, pois remetem à natureza e afastam os usuários do caos urbano enquanto aguardam para serem atendidos.
Mais do que isso, a solução arquitetônica criou um cenário propício para o investimento em projetos de responsabilidade socioambiental, por meio de folhetos e materiais gráficos que serão distribuídos nas salas de espera ambientadas com o tema. “O paciente que for encaminhado para a sala Mandacaru, por exemplo, vai poder ver e ler sobre os problemas causados pela destruição do cerrado. Essa ligação entre arquitetura e as ações sociais fideliza o cliente à GreenLine e promove um efeito que vai além do centro médico”, afirma Célia.
Ao completar 15 anos e construir mais uma unidade própria, a GreenLine percebeu que precisaria criar um padrão físico de qualidade maior, incluindo uma melhor orientação dos pacientes dentro de seus edifícios. “Desde que foi inaugurado, o Centro Médico São Gabriel possui um fluxo de atendimento unidirecional. Ao ser atendido, o paciente percorre um caminho lógico, desde o pronto-atendimento até a realização de diversos exames. Ele não fica mais perdido, sem saber para onde deve seguir. É um tratamento mais humano para quem necessita de auxílio, que era a preocupação da empresa nessa nova unidade”, afirma Maria da Graça Câmera Tancredo, coordenadora de enfermagem que contribuiu com o desenvolvimento do projeto.
Descentralização
Para tornar viável a proposta de atendimento mais ágil do Centro Médico São Gabriel, o layout arquitetônico desenvolvido pela Cabe Arquitetura introduziu o conceito de salas de espera descentralizadas, em que cada especialidade funciona como uma unidade autônoma, mas todas formando um conjunto de atividades necessárias ao funcionamento do hospital. Dessa maneira, o paciente pode tanto passar pelo pronto-atendimento como realizar exames complexos, sem que ocorram interferências e ruídos entre os processos.
O tamanho do terreno em que o hospital foi construído foi um dos fatores que contribu-iu para a adoção dessas medidas, mas ao mesmo tempo criou o desafio de fazer com que todos os pacientes, visitantes e profissionais que atuam ali pudessem se locomover e chegar a diferentes setores rapidamente e sem dificuldades.
FICHA TÉCNICA
Cliente: GreenLine Sistema de Saúde (www.greenlinesaude.com.br) Projeto de arquitetura e coordenação: Cabe Arquitetura (www.cabearquitetura.com.br) Arquiteta responsável: Célia Bertazzoli (celia@cabearquitetura.com.br) Idealização da comunicação visual: Marcos Cardone (marcos@cabearquitetura.com.br)
FORNECEDORES
Laminados: Madepar (www.madepar.com.br) Impressão: Sign Maker (www.signmaker.com.br)
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